quarta-feira, 7 de março de 2012

O preço do Amor

Tudo na vida tem um preço. Se não o vemos na etiqueta, o vemos nos olhos ou no sorriso que o desconhecido, imprevisivelmente, lhe dá, quando sem querer, você pisa em seu pé, dentro do ônibus lotado.
Confesso que me dói pensar assim. Pensar que as coisas e as pessoas deixam de sentir, de falar, porque no fundo de qualquer palavra, pode haver uma exigência; e por mais que tentemos ser solidários, no final, o que nos resta é a necessidade de voltarmos para nosso próprio umbigo, satisfazendo nossos desejos, nossos inúmeros e inadiáveis desejos...
Eu ajudo, Tu ajudas, Ele ajuda...Com quanta sinceridade conjugamos este verbo ? Eu ajudo. Verbo incondicional ? Eu ajudo pela simples necessidade de lhe ver bem e feliz; mas se um dia eu precisar de você e não obter sua ajuda...
Bem...Tem pessoas que põe um preço em tudo, infelizmente, a maioria, em uma sociedade regida pelo consumo e pelo troca de favores.
Tudo tem um preço; como eu disse antes, a vida é assim...
Amar também tem um preço. Só quem ama de verdade sabe disso. Sabe que o preço que se paga por amar é tão pequeno e irrisório diante da alegria que sentimos amando, que este tal preço, na verdade, se torna algo muito diferente do que a sociedade entende como sendo a habilidade de medir o valor das coisas.
Sabe qual é o preço de amar ?
O preço de amar é perceber que nenhum dinheiro, bens ou castelos teria a capacidade de lhe fazer feliz, caso a pessoa que você queira tornar rainha ou rei, não lhe diga, que sim, ela lhe amará também, ficará com você, enfim, dando sentido a sua vida, que sem esse genuíno amor, não teria sentido, por mais rico que você fosse...
Eu tenho um preço. Meu amor tem um preço. Tudo na vida tem um preço.
Só cabe a cada um entender que, apesar de tudo ter um preço, tem coisas que não estão a venda, nem hoje, nem nunca...
Coisas que só o amor verdadeiro entende e explica.
O amor que acaba zombando de tudo e de todos, por saber que no fundo, o que o dinheiro gostaria de ter mesmo, era ele...Só a ele e nada mais...

Angélica Medeiros, 07.03.2012

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