quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Carol

Manifestada sua forma de carinho : olhar salpicado de lágrimas. Onde mais haveria laços tão estreitos ? Abraços tão contidos ?
Recuperar o que o estranho tentou roubar. Posso amar travessias ao vento torpe. Ir sem pensar em voltar. Posso ir, meu bem. Posso ir, mas eu volto. Porque andar cansa, as pegadas se apagam, e o lucro, é menor. Sementes que não germinam. Raízes fracas, sem costume de resistir.
Não entendo sua calma. Você sempre diz as coisas que não digo. Minhas mãos pequenas no contorno de seu pescoço, lábios firmando nosso pacto de amor. Perdão ? Não. A distância também nos aproxima. Sabendo ser sua no meu capricho de viver sozinha; e você, na sua, respirando e expirando cada momento a surpresa de um começo.
Não, Carol, eu não quero as histórias terminadas, não quero repetir aprendizados inúteis. Quero apenas eu, você. Nós. Ninguém. Todos nós e ninguém.
Eu quero eu. Quero você se querendo. Não quero nada nem tudo.
Vida que vai, que vem...
Amar: O que faz
BEM, meu bem.
ps. Te amo.

Angélica Medeiros Cunha, 29.11.09

Um comentário:

C. disse...

Esse post foi super "Mamãe saí do armário"

Eu amei... a surpresa... to sem palavras, xuxu...


Eu te amo... tenho que tomar banho para te encontrar... lerei mais vezes depois, com certeza e comentarei mais vezes... s2 *.*